terça-feira, 22 de julho de 2014

Em tempos de D. Manuel I...

Garcia de Resende
(Évora, 1470 - Évora, 1536)
 
Garcia de Resende foi um poeta, cronista, músico e arquiteto português.
Sabe-se que em 1490 era moço de câmara de D. João II e no ano seguinte, seu moço de escrevaninha ou secretário particular.
Coube-lhe ser designado secretário-tesoureiro da faustosa embaixada de D. Manuel I ao Papa Leão X. Os últimos anos de vida passou-os em Évora, onde era proprietário.
Como muitos homens do renascimento, Garcia de Resende tinha muitas facetas: trovava, tangia, desenhava e julga-se que era entendido em arquitetura militar.
 
Algumas obras:
  • Cancioneiro Geral (1516)
  • Crónica de D. João II (1545) 
  • Miscelânea e variedade de histórias (1554)
Consulta na Biblioteca Escolar:
  • Antologia do Cancioneiro Geral - Ulisseia, 1994
  • D. João II - Coleção Biografias da História de Portugal - Quidnovi, 2004


Cantiga
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
[...]
João Roíz de Castelo-Branco
In: Cancioneiro Geral

segunda-feira, 14 de julho de 2014

"Missão Impossível" para ler e aprender

O livro "Missão Impossível" foi escrito por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada para fazer parte do projeto da Biblioteca Digital Fundação Jorge Alvares que pretende divulgar a história e cultura de Macau e da China.
A edição agora divulgada, de caráter não comercial, foi oferecida pela Fundação Jorge Álvares às bibliotecas de todas as escolas do país, em número suficiente para poder organizar trabalhos de grupo ou individuais nas turmas do 1º e 2º ciclos de modo a fomentar o conhecimento da história e das lendas de Macau e da China.
 
  

Partindo de uma garrafa de porcelana azul e branca da China encomendada por Jorge Álvares em 1552, de que a Fundação é proprietária e pode ser vista no Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa, as autoras desenvolvem no livro Missão Impossível, destinado à mesma faixa etária da Biblioteca Digital, uma aventura em que ressalta a vida de Jorge Álvares no Oriente naquela época, os seus amigos bem como as lendas e os animais míticos chineses.
 
Saber mais sobre:


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sophia de Mello Breyner Andresen


Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu há 10 anos. Hoje foi transladada para o Panteão Nacional. Uma homenagem à mulher, à cidadã, à poeta e... às palavras incomparáveis, sentidas, exigentes que escreveu.
 
Floresta
Entre o terror e a noite caminhei
Não em redor das coisas mas subindo
Através do calor das suas veias
Não em redor das coisas mas morrendo
Transfigurada em tudo quanto amei.
 
Entre o luar e a sombra caminhei:
Era ali a minha alma, cada flor
- cega, secreta e doce como estrelas -
Quando a tocava nela me tornei.
 
E as árvores abriram os seus ramos
Os seus ramos enormes e convexos
E no estranho brilhar dos seus reflexos
Oscilavam sinais, quebrando ecos
Que no silêncio fantástico beijei.