Nasceu em Itabira, a 31 de outubro de 1902 e morreu no Rio de Janeiro a 17
de agosto de 1987.
Foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro,
considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Foi
um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro,
embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos.
Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais,
como o sentido da vida e da morte, passando por questões quotidianas,
familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes
tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e
estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto
mineiro.
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Para conhecer melhor Carlos Drummond de Andrade:
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