Com o objetivo de sistematizar a governação local ao nível
administrativo, D. Manuel I nomeou uma comissão que, durante duas décadas, procedeu à
recolha de toda a documentação existente - Privilégios e antigos Forais - e
reformulou-a segundo uma certa sistematização, o que fez com que os chamados
"Forais Novos"
fossem quase idênticos, assegurando uma certa unificação. São também conhecidos
como de "leitura nova", uma vez que o monarca instituiu um novo tipo de
letra caligráfica - o gótico librário, mais inteligível.
No seu
reinado foram reformulados 596 forais, reunidos nos "Livros
dos Forais Novos". A reforma
prolongou-se entre 1495 e 1520, abrangendo cerca de 570 concelhos.
Iconograficamente,
o tipo principal caracteriza-se por apresentar, no frontispício, na parte
superior, as armas reais ao centro (sempre com nove castelos), ladeado pelas esferas armilares e uma faixa horizontal com o nome do rei (MANVEL), tendo
a particularidade de em alguns documentos a letra "D" ser formada por
uma serpente alada com cabeça de dragão.
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