sábado, 30 de novembro de 2019

Sugestão para um dia de chuva


Museu Portugal Romano em Sicó



O Museu PO.RO.S – Portugal Romano em Sicó foi inaugurado em 2017 e ocupa o antigo solar da Quinta de São Tomé, em Condeixa, provavelmente edificado no século XVI.
No século XIX, o solar sofreu profundas remodelações de que são visíveis trabalhos com decoração neomanuelina presentes na fachada interior, nomeadamente na capela.
Neste espaço, através de salas multimédia e de exposições, os visitantes podem recuar ao tempo do império romano e da ocupação da Península Ibérica e conhecer o modo de vida da época.
O PO.RO.S está integrado no Parque Verde da Ribeira de Bruscos, e possui várias zonas de lazer como parques, jardins de aromas e cores, uma ciclovia, um anfiteatro entre outras.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Declaração dos Direitos das Crianças


A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA foi proclamada pela Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas n.º 1386 (XIV), de 20 de novembro de 1959 e é constituída por dez princípios.



quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Concurso Nacional de Leitura 2019/2020

Obras selecionadas para as provas da fase escolar:

1º ciclo - A Árvore de Sophia de Mello Breyner Andresen


2º ciclo - O rebanho perdeu as asas de António Mota


3º ciclo - História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luis Sepúlveda


Ensino Secundário - Contos exemplares de Sophia de Mello Breyner Andresen




sábado, 9 de novembro de 2019

Ler BD...


Já está na Biblioteca Escolar à tua espera! Ler BD é super!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

100 anos de Sophia de Mello Breyner Andresen


A minha vida é o mar o abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará

Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento

A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto

Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento

E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada


                     Sophia de Mello Breyner Andresen

              

Momentos e documentos

Comecei a escrever numa noite de Primavera, uma incrível noite de vento leste e junho. Nela o fervor do universo transbordava e eu não podia reter, cercar, conter – nem podia desfazer-me em noite, fundir-me na noite.
No gume da perfeição, no imenso halo de luz azul e transparente, no rouco da treva, na quási palavra de murmúrio da brisa entre as folhas, no íman da lua, no insondável perfume das rosas, havia algo de pungente, algo de alarme.

Como sempre a noite de vento leste misturava êxtase e pânico.


             
                                     


sábado, 2 de novembro de 2019

Centenário do nascimento de Jorge de sena



Jorge de Sena nasceu em Lisboa a 2 de novembro de 1919 e morreu em Santa Bárbara, na Califórnia, a 4 de junho de 1978. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia do Porto, parte para o exílio no Brasil em 1959 e aí doutora-se em Letras e torna-se regente das cadeiras de Teoria da Literatura e de Literatura Portuguesa. Muda-se para os Estados Unidos da América em 1965, lecionando na Universidade de Wisconsin e, anos depois, na Universidade da Califórnia.
Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta e tradutor, é considerado um dos mais relevantes escritores de língua portuguesa do século XX, autor de títulos como Metamorfoses (1963), Os Grão-Capitães (1976), O Físico Prodigioso (1977) e Sinais de Fogo (1979), este último considerado a sua obra-prima.
Jorge de Sena foi autor de uma obra marcada sobretudo pela reflexão humanista acerca da liberdade do Homem. “Pensador que sente e sentidos que pensa”, os seus poemas partem geralmente de um objeto para fixar uma meditação sobre o “eu” e o seu lugar no mundo.

Fontes:


Ode para o Futuro


Falareis de nós como de um sonho.
Crepúsculo dourado. Frases calmas.
Gestos vagarosos. Música suave.
Pensamento arguto. Subtis sorrisos.
Paisagens deslizando na distância.
Éramos livres. Falávamos, sabíamos,
e amávamos serena e docemente.

Uma angústia delida, melancólica,
sobre ela sonhareis.

E as tempestades, as desordens, gritos,
violência, escárnio, confusão odienta,
primaveras morrendo ignoradas
nas encostas vizinhas, as prisões,
as mortes, o amor vendido,
as lágrimas e as lutas,
o desespero da vida que nos roubam
- apenas uma angústia melancólica,
sobre a qual sonhareis a idade de oiro.

E, em segredo, saudosos, enlevados,
falareis de nós - de nós! - como de um sonho.


Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'